terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

sp a mm conversa...

Amar...não é perceber tudo...não é entender todos os olhares, não é estar lá sempre, nos melhores dias, e nos piores, que são tantos, amar é ficar triste por não poder faze-lo.
Querer fazer do longe o mais perto possível.
É também mentir de vez enquando...para proteger
E mentir algumas…para magoar.
Fazer promessas e quebra-las para não perder...
É ganhar muitas vezes sem nada ter...e fazer disso...uma ponte.
Mas também proteger.
É dizer muitas vezes «não», bater a porta com força.
Gritar!
São muitos: «sai da minha vida»!
E muitos mais: «volta, para mim» - mesmo que secretamente.
É nem sempre ser-se bom, e ser mau na maioria.
Ser-se desonesto, ciumento, irracional … e louco.
Pois muitas vezes é nascer com um punhal em vez de um coração.
Não é bonito nem feio...tem fraquezas como virtudes...tem tanto de estúpido e insensato, como valoriza tudo a volta...
É muitas vezes n olhar para o lado, mas olhar em frente. E é sempre procurar…
É nunca mas nunca ser-se igual.
É compaixão, é também afecto, e valorizar a soma de todos.
É cometer erros, falhar, maltratar…
Sentirmo-nos perdidos, e encontrarmo-nos na outra pele.
É fazer uma casa, no corpo de alguém.
Incendiar nossa casa, e ficar preso nas suas chamas.
Amar é viver desses pequenos incêndios que não destroem sempre.
É esquecer as nossas coisas pensando que são as dele…
Dizer as nossas palavras que são as dele.
É ser «ele» muitas vezes, por não conseguirmos ser nós...na sua falta...
Falar da vida dele como se da nossa se tratasse…
Aceita-la sempre como tal
É estragar tudo, com um momento, e tentar reconstruir com vários...
É perder...na falta...e na ausência...
E viver quando se recorda...- até o que mais dói.
Precisar de espaço, e viver asfixiado porque se quer.
Estar muitas vezes preocupado com o «eu feliz», algumas com o «ele feliz», e sempre com o «nós felizes».
É deixar nascer duas asas, para voar….
Nunca para longe de mais!
É ser mais triste que contente e aceitar esse risco.
É não ter condição definida, a não ser a que provém do outro.
Estagnar pelo caminho, e vê-lo florescer com novos rumos.
Amar é, não ser preciso ser conto para ser feliz, não ser preciso ser Julieta para ir até ao fundo, não ser preciso ser tragédia para morrer….
Quase morrer, e senti-lo completamente!
É ter medo, e nem sempre ir em frente, doer na alma, chorar em silêncio e ter vergonha disso.
É nem sempre tratar com carinho e cuidado, mas também ter medo de partir.
Não é sempre tão poeticamente sentido, como pode poeticamente ser falado.
É viver de engano, e ate gostar.
É ser tudo um dia, e pouco no dia a seguir…seguindo-se mais.
É pensar que o céu não chega.
Ter muitas perguntas e poucas respostas...
É não perceber nada disto, negar ainda mais.
Pois nem tudo tem uma explicação, e o que tem não vale a pena tentar explicar!
É saber muito pouco, e ser pequeno outra vez...mesmo que forte...mesmo que fraco...mesmo que sempre!
É esconder também, fugir e recuar.
Mas acreditar!
Perseguir mas não caçar.
Ate k se encontre
E uma ou outra vez aprender a dizer «adeus», para recomeçar….

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