terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

ainda comigo

Já me perguntaram se era difícil mudar de rumo…
É difícil, viver como se nunca tivéssemos dado os mesmos passos, isso sim!
É desconcertante perceber que muito do que foi feito não foi suficiente, e eu fui a culpada de muito.
Podes ser feliz agora. Como sempre quis que fosses.
Mas ainda comigo, te vi nascerem duas asas…
Não entristeci como devia.
Agora que voaste… espero que encontres o teu lugar seguro, como eu não consegui ser.
Mesmo sabendo que fui eu quem te ensinou o que era amar sem amarras.
A reconhecer a sensibilidade de uma mulher que é forte.
Perceber que todas as lágrimas têm vários sentidos.
E todas as partidas uma nova direcção.
Que dar as mãos nem sempre nos torna cúmplices, e que um beijo nem sempre é paixão.
Fui eu quem te ensinou que há paz nos braços de quem se ama.
A cerrar os olhos e mesmo assim ver o mundo!
Seres o mundo de alguém…!
Foi comigo que viste coisas muito simples e valoriza-las por aquilo que nos fazem sentir e não pelo que nos dão.
A perder…!
Agarrei a tua mão, e fui tua advogada em cada crime…
Foi comigo que conheceste o corpo de uma mulher…
Mesmo que nem sempre alcances a sua alma!
Eu estive lá… quando não viste.
E nunca seria a razão da tua decadência.
E isso…meu tesouro…é sempre amar, mesmo com fusos horários, com o mundo do avesso, e com alguém que não entendes…!
Não me conheces com maldade, mas com espinhos...
Não quis que fosse assim
Isso também é existir…

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