terça-feira, 1 de janeiro de 2008

(in)suficiente!


E eu á espera que ele me poupasse…
Voltas ao ponto de partida, e tudo do avesso, pelo menos é assim que me parece…
Ou não me digam que eu vim também do avesso, e tudo me parece paranóia.
Posso ouvir gritos, consigo suportar hoje que me acordem com a televisão a estourar, consigo viver com as toalhas no chão, tufos a voar, papéis na mesa espalhados, facturas e recibos, dados parados, com números que não entendo.
Só não vivo com reclamações….
«voa no meu olhar e deixa que eu voe no teu, porque a terra do nunca é quando estou ao pé de ti»
Poderia ter sido…

Mas não era bem isso…é mais um: «deita-te ao meu lado, não faças barulho e entende o meu silêncio».
Não era o que querias?
Percebes agora?
Não admira que tenha um rótulo a pesar onde se lê: « a aventureira que acalmou»…
Como não o fazer?
Pachorra pa vocês, para a Reggio Emillia a esta hora….
Parece que só me salvou a Gina, a dormir no meu peito e a mostrar-me finalmente que se pode dormir com o inimigo sem doer!
Um gato? Porque não uma pessoa!
Agora…podias ter-me poupado, a recordações, dados viciados, histórias mal contadas.
Podias ter sido tu, a acabar com o mito que alimento que conhecendo um se aprende a conhece-los a todos, mas antes preferiste um: «conhece-me uma vez, que é sempre igual».
Vá lá que agora consigo sorrir a pensar nisso…mas antes…
sabes aquelas alturas em que só tu podes determinar a tua condição? a minha hoje grita: basta!
mas para que se saiba, nunca chega isso!

Eu até conseguia ser meiga, afável...e tudo estupidamente romantico!
E depois?
Continuo com medo de me expor…por isso…até quem sabe publique um livro : «as palavras que nunca te direi 2»….
O que quer dizer o que eu digo?
Não é bem tudo ou nada desta vez…
Agora quer dizer: viver sem me importar! e sim, eu chego sempre a essa fronteira...de olhos fechados, até que me puxam!
Achas possível?
Queres fazer as pazes?
Estamos cansados, mas ainda acreditamos um no outro e ainda nos conhecemos disso te garanto….
o resto..o teu resto, serão sempre as «palavras que nunca me dirás».



foto: porque eu não vejo um jardim, vejo a luz e a vida que o habita!