domingo, 14 de outubro de 2007

mais um dakeles recados..talvex!



Escrevo hoje...
Sei que tenho estado ausente de tudo, pouco falo com a familia e amigos...
quando tentam fujo..quando tento, pouco digo...
Já dizem que mudei, eu acho que mudamos todos os dias,e mesmo longe me apercebo de tanta coisa que tentaram ocultar-me...
tomei decisões que são cada vez mais complicadas de aceitar...
disse coisas que preferia não ter dito, e fiz outras tantas de que não me orgulho, e nem sei como dize-las a quem tem de saber.
por isso o melhor, foi ter fugido do Porto, das pessoas, dos dias iguais, das minhas paixões...tudo aquilo que pensei que me faria mais falta, dá-me mais força para viver...
e toda a gente que disse que sentiria a minha falta...só mentiu!
parece que me têm censurado, porque não digo que sinto a falta, porque aquilo porque mais anseio e a razão de todas as minhas preocupações é provavelmente a coisa que menos preocupa os outros. mas esta é e será sempre a minha forma de amar...porque é ela que representa o amor incondicional, o respeito por aqueles que somos responsáveis, e preocupa-me que ela sofra, e que pense que a abandonei...
de resto não me interessa, porque se interessasse mesmo, não seria eu a fazer o esforço.
sei que não mostrei a toda a gente como me sentia aí, que os dias pesavam e que me sentia infeliz com tudo o que não conseguia fazer ou ser.
Deixei de ter tempo para as coisas que realmente importavam e me moviam, até não saber quais eram realmente.
deixei de me preocupar com muita gente, em como não os magoar, ou ajudar..deixei de querer estar presente na vida de algumas pessoas.
chegava sempre cansada, com a cabeça cheia de coisas, com horários trocados ( que n consigo mudar), que simplesmente deixei de brincar com a Mariana, ter e querer ter tempo para ela, ensinar-lhe coisas úteis e guia-la, corrigi-la, ou apoiá-la...
deixei de ser o exemplo e de o querer ser, pois cada vez que a olhava nos olhos via o quanto eu podia desapontar alguém.
estava cansada do meu cansaço estúpido e não me via a fazer nada de útil para matar o tempo.NADA QUE TIVESSE VALOR PARA MIM.
não sei como, pude viver a vidinha de guerras interiores que nunca serão resolvidas, e que de tão pequenas, nos diminuem.
não sei como pude estar perto de certas pessoas, e não ser mais selectiva em relaçao ás situaçoes em que me vi, que em nada me melhoraram como pessoa e continuei rodeada de cobardes, sempre a exigir respostas que eu não tinha.Acreditando...
Não entendo, como continuei a lutar por coisas sozinhas, enquanto que aqueles que diziam que queriam o meu bem apenas me faziam sentir asfixiada com tudo a minha volta, a viver uma vida que não deveria ser minha, em que eu me sentia na pele de um estranho, sem puder pensar.
Agora que penso, sei que estive sozinha muitas vezes...e ninguém o viu, ninguém poderia perceber porquê que digo isto tudo, nem porque é que para mim a vida era tão pequena...eu sentia-me pequena...eu continuo a sentir-me assim muitas vezes...
não entendo como pude ser tão cega e burra...insensata demais para perceber o que faz bem e o que faz mal, e que mesmo não constituindo perigo para mim, foram coisas, pessoas e situações e que tornaram infeliz.
sei que vou voltar ao mesmo buraco...mas espero ter força desta vez para dixer NAO, ás pessoas que achei que não o mereciam, espero ver um pouco o lado mau também em vez de os desculpar constantemente mesmo já nem acreditanto...espero assim conseguir confiar mesmo nas pessoas, e ser livre.
Espero que percebam de uma vez, que o amor, não é para quando se precisa, está sempre em construção...e que não é por estar longe que não estou aí sempre que precisarem, mas que desta vez sou eu, como vcs tantas vezes na vossa vida...e deviam perdoar-me...por ser feliz.não é isso?
se me amam...olhem por aquilo que é importante para mim, que em muito deveria ser importante para vocês também, sabendo que só isso me faz respirar fundo..
cá vai...voltem ao meu quarto sem medo, deitem-se na cama grande, olhem as luas, o roxo e o rosa, os livros...as almofadas...os xeiros...as fotografias espalhadas, os tokes especiais, as coisas k sabem que são só minhas. Falem com as pessoas dos meus dias, perguntem se estão bem, visitem a minha mãe que tantas vezes foi vossa, a sissi que se sente abandonada,a Mary que já vos fez rir e pensar mil e uma vezes, vejam se o Sr.Borges está bem( porque não está), e olhem pelas pessoas que sempre olharam por voces, e que não merecem ser deixadas para trás na minha ausência.
é Domingo e dá que pensar...
«mas não se esqueça de não se eskecer»