quarta-feira, 5 de setembro de 2007


Como te disse, não sinto saudades de nda na ausência das pessoas que são o meu mundo!
Sou feliz aqui…como já não sabia que podia ser…
Todos os dias acordo, e sinto-me outra pessoa, noutra pele, olho-me no espelho e o reflexo mesmo que semelhante, não espelha o mesmo…!
Sou outra de manhã á noite, e sou inteira, sinto-me capaz de tudo, quero aprender tudo e ser activa!
Continuo boa pessoa, continuo a deitar-me a pensar no bem estar de algumas pessoas, mas parece que pertenço a outro lugar.
Renovei-me!!!
Enquanto falo contigo…
Sei que vasculhando nas memórias, quero voltar aos últimos lugares como se isto tudo fosse a minha morte e eu feliz com ela!
Quero voltar onde também fui feliz…mas para quê? Para me destruir todas as noites com um mundo que não entendo?
Desejos de voltar, ás mesmas noites, rever as mesmas caras, reter as mesmas emoções…para quê se eu não seria a mesma?
Penso…seria bom viver os últimos dias…como senão o fossem, sem peso, sem importância, aproveitar só porque sim e não porque a saudade vai ficar colada…em mim!
A tasca, o balcão, a cerveja e os amendoins a serem descascados por nós..as queixas…a conta…a volta pelo porto que me prometeram…, o sol a bater no rio…e o seu reflexo…
«ninguém toca nesse queijo»…
Mas aqui..é onde posso começar de novo, onde ninguém conhece as minhas fraquejas e ninguém me pode ferir ou aproveita-se delas…onde posso ser eu…sem medo…porque sem que acaba e sei que vou voltar ao ponto onde parti sem arrependimentos…
Voltar para todos…aqueles que esperaram, e os outros que não…aqueles que vão sentir a falta de quem foi e de quem volta diferente…
Não me interessa agora…
Sou intocável..até…
Perco momentos aí que me doem se pensar neles…perco sorrisos que tornei possíveis…
Perdem-me também…porque isto também é perda…!
Mas estou feliz…e é isto que quero ser!!

«desta vez estou mesmo á rasca…vou-me pirar de mansinho, não volto aquela tasca, não bebo mais traçadinho»..

I’ll miss you but for now i´m happy!!

1 comentário:

André disse...

"Nunca quis saber, nunca quis acreditar, que tu irias partir, que não podias cá ficar. Nunca quis escutar, muito menos quis ouvir, o teu silêncio que avisava a intenção de não voltar. Podes crer, como é que me disseram, de nunca me ligar a uma pessoa, a um lugar. Podes crer, se um homem nunca chora de que servem estes olhos se não podem mais te ver? Queria ver, queria saber o que dizias tu que estás aqui a observar. Estás a ver, estás a perceber, pode ser que um dia a gente volte-se a encontrar. Agora embora, agora sem demora, deixa-me ficar aqui sozinho para pensar. Embora agora, que a minha alma chora, como disse alguém, vou-me perder para me encontrar"
Dois Lados do Mesmo Adeus