Como nos devemos sentir quando pela terceira vez estamos a fazer o mesmo trabalho com a mesma dedicação e nos dizem que não chega, não é suficiente e quase «uma valente merda»?
Foi assim que começamos o nosso dia, mas de sorriso nos lábios soubemos enfrentar isso.
Como pode uma pessoa a quem o familiar lhe morre, e uma bomba na sua vida acaba de explodir...sentir-se?
Como recupera?
Como faz com que os outros não paguem por nada disso...mesmo que a vontade seja só de nos isolarmos, ficarmos no nosso canto?
Como se sente outra que acorda com tonturas quase desmaia, tem dores de cabeça e o cenário está constantemente a piorar?
Parece que fui a sortuda hoje e mesmo assim sinto-me mal.
Mas sei o que é querer estar sozinha ou até mesmo PRECISAR e ter mil e uma pessoas a julgarem-me e mais do que pedir a minha atenção, estar a exigi-la!
Pessoas a quem eu passo completamente ao lado em outro tipo de ocasiões e justo quando tudo o que quero é silêncio e compreensão, se juntam para apontar o dedo.
Pessoas que não estão dispostas a perceber nada daquilo que se passa dentro de mim, mas parece que têm um certo gosto em provocar ou tentar libertar o pior que há em mim.
Somos todos maus quando nos zangamos.
Mas e justos...somos?
Será que perdemos algum tempo a pensar nas razões que levam as pessoas que nos deviam apoiar, a pressionar-nos quando mais precisamos?
Não é um pouco de amor também?
Preocupação?
Não é a forma de se defenderem dos ataques, e da forma fria com que os encaramos a cada vez que nos perguntam se estamos bem e se podem ajudar?
Não será culpa nossa se o mundo parece que conspira para nos arruinar os planos, quando no final só querem o nosso bem?
Afinal...esse mundo todo não pode estar errado!
Depois cometemos erros, magoamos as pessoas, não lhes damos a oportunidade de nos conhecerem no bem e no mal..e no «ainda pior», não lhes damos oportunidade de nos apoiarem e de nos conhecerem com todas as falhas, e todos os erros, e guardamos o melhor para eles.
Quando não o somos...como reagem?
Com alguma instabilidade...e incompreensão.
Continuará a ser a culpa deles?
Dá que pensar...
Como corrigir isso?
Sendo nós próprios, deixando que aos poucos o bem e o mal seja revelado, essa sim é a nossa dádiva aos outros.
Afinal quem nos ama no bem..há de amar no mal...
Pedindo desculpas e acolhendo a culpa..também.
Bom dia para todos...mesmo que esteja no final.
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