terça-feira, 29 de setembro de 2009

porque ela cresceu...

A teu pedido...deixo aqui um pensamento, porque é a hora que é, e eu pensei nesta música hoje.
Ao que parece define bem, a minha Mariana e eu.
Descubri ou relembrei que ela tem mau feitio para acordar, achei que era impossivel ser pior que eu, até ir acorda-la no outro dia. entao peguei na mão dela, e assustei-me...a mãozinha pequenina, cresceu tanto, e eu fiquei a pensar como poderia estar com ela tantas vezes e ter perdido essa noção...
e como agora já tenho outra pimpolha...se pudesse era isto que lhe dizia..
cá vai :


Todo o tempo do mundo
(Rui Veloso)

Podes vir a qualquer hora
Cá estarei para te ouvir
O que tenho para fazer
Posso fazer a seguir
Podes vir quando
fui onde tinha de ir
Resolvi os compromissos
agora só te quero ouvir
Podes-me interromper e contar a tua história
Do dia que aconteceu
A tua pequena glória
O teu pequeno troféu
Todo o tempo do mundo para ti
tenho todo o tempo do mundo
Todo o tempo do mundo
Houve um tempo em que julguei
Que o valor do que fazia
Era tal que se eu parasse o mundo à volta ruía
E tu vinhas e falavas
falavas e eu não ouvia
E depois já nem falavas
E eu já mal te conhecia
Agora em tudo o que faço
O tempo é tão relativo
Podes vir por um abraço
Podes vir sem ter motivo
Tens em mim o teu espaço
Todo o tempo do mundo para ti tenho todo o tempo do mundo
Todo o tempo do mundo




ps: claro que tudo para mim ainda tem duplo sentido :)

quarta-feira, 16 de abril de 2008

calma?

- não sei como estaria na tua situação, nunca pensei que te acontecesse tão rapido, e mesmo assim estás tão calma.
- eu consigo ficar sempre calma nestas situações...mas por dentro...
-achas que vais ficar bem?
- como se fica bem com isto?acho que nunca se fica bem.

quinta-feira, 13 de março de 2008

descobre a magia!

Mary gritando: - Ana, precisamos da tua ajuda.
Eu: Para quê, diz lá!
Mary: Porque recebi um ovo kinder grande, tem uma surpresa, é magia, mas nós não percebemos o que temos de fazer.
Eu: E eu vou perceber porquê?
Mary: Sei lá, porque tu...porque tu...sabes sempre tanta coisa, que deves descobrir como se faz magia!


pensando: magia fazes tu em mim, quando acreditas mais que todos!
final: até que descobri o truque!!!

sábado, 16 de fevereiro de 2008

nr dois!sempre


Precisamente a dois meses, eu estaria a despedir-me do Bo, numa correria incrível, entre receber o diploma, saber a nota, e dizer adeus ao papa dinamarquês, correr para casa para fechar as caixas e esperam que viessem….
A esta hora, estaria a Katja no seu quarto com o meu telemóvel a falar com os tipos do tnt, estaria eu a pedir 3 cervejas a Catarina, para mais tarde ficar algo desiludida por ser «jule»!
Estaríamos a espera que o Sax voltasse sempre para lhe dar um abraço, e gritar «hurra, hurra»!
A casa estaria como sempre em alvoroço, e toda a gente a perguntar exactamente a hora da nossa partida. Chegaria mais tarde o Johán e o Casper, e o segundo ficaria a olhar-me como se algo tivesse de ser dito, e eu ao mesmo tempo a assegurar-lhe com um olhar, que dormir não engravida!
A reparar pela última vez no andar engraçado, e a sorrir de forma terna ao detalhe.
A Bzz viria mais tarde dizer-me: «ok, vamos beber», e juntas cuspiríamos o sabor da «jule».
A Kine ficaria minutos abraçada a nós a chorar, e a prometer que será breve a despedida…
As 5 estaríamos com o coração cada vez mais pequenino e oprimido, olhar inchado e molhado, duma tristeza sem igual.
Eu e a Sá ficaríamos a limpar as últimas coisas do quarto, esvaziar o frigorifico, cantar pimbalhada portuguesa, gritar «Portugal», euforicamente ( como se isso pudesse enganar)e varrer os bons momentos para um lugar seguro.
Levaria a Sá para o quarto antes do jantar, para lhe dar um abraço e agradecer os 4 meses incríveis, o companheirismo, entendimento, e respeito, por juntas termos conseguido suportar as manias e os defeitos de cada uma, com um sorriso, e pela capacidade de acolher sempre mais gente num quarto já pequeno para uma!
Agradecer pelas noites em claro, pelos olhares que matam, palavras mal ditas, e uma ou outra confusão.
Para lhe dizer:« caramba com tufos, toalhas no chão, bart espalhado, e um quarto que dá dó…conseguimos».
Pedir desculpa por colocar sempre a minha roupa na cama dela, por parecer louca enquanto limpava, pela tristeza sempre ao domingo, e pelas mimalhices e caprichos.
Um abraço apertadinho, e um olhar profundo.
Já na mesa, agradeceríamos umas as outras, por cada detalhe, cada cedência e cada gesto de amor, faríamos uma ou outra confissão, e teríamos a nossa última refeição na mesa do beta, o cheirinho a comida portuguesa pela casa, e a Gunita a passear até que a convidássemos para um bocadinho de arroz!
Pensar que tantas diferenças nos tornaram uma só, e que tudo quanto é mais irritável faz tanta falta!
Como tudo que era meu foi vosso e vá…algumas vezes o vosso era meu!
eh eh
Ainda mal sabíamos as surpresas que teríamos ainda depois do jantar, depois de tentar dormir um bocado, quem nos viria acordar e surpreender, quem nos iria diminuir mais um pouquinho pedindo-nos que ficássemos, quem carregaria as nossas malas, ajudaria a procurar o b.i, e fazer-nos chorar de tanto amor!
Agora que voltei, tudo parece ainda irreal, pequeno, insuficiente, tudo me parece por demais superficial, pouco tentador…, vazio, incerto...!
E agora em casa, sinto-me só!
Vim garantir o que era meu, cuidar também, admitir as falhas e perder coisas que eram o meu mundo, descobrindo que é sempre tempo de recomeçar, de encontrar e de viver como se fosse a primeira vez.
Mesmo já passando tanto tempo… uma coisa é certa, sem viborg, é muito difícil… mesmo quando a vida é uma coisa e a felicidade outra!
Mas isso é outra história!
A noite caiu…
Nós mulheres, somos da geração que não quer gritar para que nos ouçam,
revolucionar para mudar algo,
reinvidicar os nossos direitos ameaçando os dos outros.
somos mulheres, independentes, bonitas, com inteligencia anti-supercial,
capazes de decidir o que fazer, o que somos, e como queremos ser tratadas.
mulheres habituadas a ver que nem tudo corre como queremos, mas que não vão ficar a chorar por isso.
somos carinhosas, gostamos de carinhos, de afecto e romance, gostamos que nos valorizem e que nos façam sentir amadas
somos capazes de dar tudo ao outro, por ignorância, ou por amor.
e como tal não deveriamos ter de nos esconder por nos acusarem de sermos fracas em todas as nossas virtudes.
por nos acusarem de carência, por pedir mais que 5 min, mais que isto, mais que nada!
por nos acusarem de cobardes, por fugir a discusões.
por nos sentirmos sozinhas quando o mundo não colabora.
inuteis, quando tudo o que semeamos com carinho, é devastado pela incompreensão.
somos mulheres que não devem ter vergonha do que sentem, do que são e do que fazem, porque devemos reconhecer o nosso valor antes que mais alguem o faça.
e não é por não precisamos de um homem, que nos diga o que somos, que deixamos de saber o que é sentir um abraço.
Por isso, eu não tenho de me desculpar, por pensar da forma como penso, por me defender mais do que gostaria( defendendo até aos limites o que amo), por sentir que não tenho de forma alguma que me justificar pelas minhas escolhas racionais e justas.
nem devo chorar quando sinto que não sou de forma alguma respeitada e valorizada, ou por esperar que sejam comigo justos, sérios, e companheiros, sem apunhalar, sem acusar, ou manipular aquilo que de mais puro existe num ser humano: as suas emoçoes!
Levo a minha humanidade comigo e não autorizo de forma alguma que ameaçem o meu direito de lutar por tudo o que acredito.
Ser mulher é tudo isto e muito mais, e ou vês a tempo, ou então fecha a porta quando saires e não te atrevas a atravessa-la mais!

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

sp a mm conversa...

Amar...não é perceber tudo...não é entender todos os olhares, não é estar lá sempre, nos melhores dias, e nos piores, que são tantos, amar é ficar triste por não poder faze-lo.
Querer fazer do longe o mais perto possível.
É também mentir de vez enquando...para proteger
E mentir algumas…para magoar.
Fazer promessas e quebra-las para não perder...
É ganhar muitas vezes sem nada ter...e fazer disso...uma ponte.
Mas também proteger.
É dizer muitas vezes «não», bater a porta com força.
Gritar!
São muitos: «sai da minha vida»!
E muitos mais: «volta, para mim» - mesmo que secretamente.
É nem sempre ser-se bom, e ser mau na maioria.
Ser-se desonesto, ciumento, irracional … e louco.
Pois muitas vezes é nascer com um punhal em vez de um coração.
Não é bonito nem feio...tem fraquezas como virtudes...tem tanto de estúpido e insensato, como valoriza tudo a volta...
É muitas vezes n olhar para o lado, mas olhar em frente. E é sempre procurar…
É nunca mas nunca ser-se igual.
É compaixão, é também afecto, e valorizar a soma de todos.
É cometer erros, falhar, maltratar…
Sentirmo-nos perdidos, e encontrarmo-nos na outra pele.
É fazer uma casa, no corpo de alguém.
Incendiar nossa casa, e ficar preso nas suas chamas.
Amar é viver desses pequenos incêndios que não destroem sempre.
É esquecer as nossas coisas pensando que são as dele…
Dizer as nossas palavras que são as dele.
É ser «ele» muitas vezes, por não conseguirmos ser nós...na sua falta...
Falar da vida dele como se da nossa se tratasse…
Aceita-la sempre como tal
É estragar tudo, com um momento, e tentar reconstruir com vários...
É perder...na falta...e na ausência...
E viver quando se recorda...- até o que mais dói.
Precisar de espaço, e viver asfixiado porque se quer.
Estar muitas vezes preocupado com o «eu feliz», algumas com o «ele feliz», e sempre com o «nós felizes».
É deixar nascer duas asas, para voar….
Nunca para longe de mais!
É ser mais triste que contente e aceitar esse risco.
É não ter condição definida, a não ser a que provém do outro.
Estagnar pelo caminho, e vê-lo florescer com novos rumos.
Amar é, não ser preciso ser conto para ser feliz, não ser preciso ser Julieta para ir até ao fundo, não ser preciso ser tragédia para morrer….
Quase morrer, e senti-lo completamente!
É ter medo, e nem sempre ir em frente, doer na alma, chorar em silêncio e ter vergonha disso.
É nem sempre tratar com carinho e cuidado, mas também ter medo de partir.
Não é sempre tão poeticamente sentido, como pode poeticamente ser falado.
É viver de engano, e ate gostar.
É ser tudo um dia, e pouco no dia a seguir…seguindo-se mais.
É pensar que o céu não chega.
Ter muitas perguntas e poucas respostas...
É não perceber nada disto, negar ainda mais.
Pois nem tudo tem uma explicação, e o que tem não vale a pena tentar explicar!
É saber muito pouco, e ser pequeno outra vez...mesmo que forte...mesmo que fraco...mesmo que sempre!
É esconder também, fugir e recuar.
Mas acreditar!
Perseguir mas não caçar.
Ate k se encontre
E uma ou outra vez aprender a dizer «adeus», para recomeçar….

ainda comigo

Já me perguntaram se era difícil mudar de rumo…
É difícil, viver como se nunca tivéssemos dado os mesmos passos, isso sim!
É desconcertante perceber que muito do que foi feito não foi suficiente, e eu fui a culpada de muito.
Podes ser feliz agora. Como sempre quis que fosses.
Mas ainda comigo, te vi nascerem duas asas…
Não entristeci como devia.
Agora que voaste… espero que encontres o teu lugar seguro, como eu não consegui ser.
Mesmo sabendo que fui eu quem te ensinou o que era amar sem amarras.
A reconhecer a sensibilidade de uma mulher que é forte.
Perceber que todas as lágrimas têm vários sentidos.
E todas as partidas uma nova direcção.
Que dar as mãos nem sempre nos torna cúmplices, e que um beijo nem sempre é paixão.
Fui eu quem te ensinou que há paz nos braços de quem se ama.
A cerrar os olhos e mesmo assim ver o mundo!
Seres o mundo de alguém…!
Foi comigo que viste coisas muito simples e valoriza-las por aquilo que nos fazem sentir e não pelo que nos dão.
A perder…!
Agarrei a tua mão, e fui tua advogada em cada crime…
Foi comigo que conheceste o corpo de uma mulher…
Mesmo que nem sempre alcances a sua alma!
Eu estive lá… quando não viste.
E nunca seria a razão da tua decadência.
E isso…meu tesouro…é sempre amar, mesmo com fusos horários, com o mundo do avesso, e com alguém que não entendes…!
Não me conheces com maldade, mas com espinhos...
Não quis que fosse assim
Isso também é existir…